segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Palavras difíceis de sairem...

Durante todo o meu primeiro casamento fui sempre acusada pela minha mãe de dar mais atenção aos meus sogros, de estar mais com eles, de gostar mais deles.
Foram 8 anos a ouvir este discurso. O certo é que eles se disponibilizavam muito mais para estar comigo, ligavam-me mais vezes. O meu sogro chegou a sair debaixo de um temporal para a cabine mais próxima só para saber se eu estava melhor da minha gripe. Sempre que ia a casa deles tinha o meu sumo ou vinho favorito, o gelado do sabor que mais gosto, a minha refeição preferida... e tudo sempre feito com muito gosto e amor.
Os meus pais não me fazem nada disto. Aliás, podem fazer a minha comida preferida e nem assim se lembram de mim. Chego até a duvidar se saberão qual a minha comida preferida.
Hoje, num segundo casamento a história repete-se. Sou constantemente acusada de gostar mais dos meus sogros, mas a verdade é que sou recebida na casa deles como se da minha se tratasse, ligam-me e acima de tudo sou acarinhada e agora nesta altura de crise que vivemos estenderam-nos as mãos com toda a ajuda que podem e ainda se lembram do novo membro da família que vem a caminho e já lhe compraram um presente e tudo.
Sou mãe e sempre que acarinham os meus filhos fazem-no directamente a mim.
Sou também filha e sinto na pele aquilo que não me vejo capaz de fazer aos meus filhos. E existem momentos em que este sentimento de ... nem sei o que lhe chamar... me invade e só quando as lágrimas brotam é que acalma. Hoje é um desses dias.

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