sexta-feira, 12 de agosto de 2011

E depois às vezes aparecem crianças que levam umas bolachadas e nós temos muita pena...

Ontém presenciei uma situação que me chocou e da qual me lembrarei para sempre. Pela violência, pela surpresa, por ser mãe, por estar grávida, por ser muito exigente com o bom comportamento, enfim... até perdi o sono.
Estava com uns amigos e com 4 crianças. O meu mais velho, o Pedro de 12 anos, a Fatima de 7 e o Ricardo de 5.
Fomos beber o nosso café habitual quando de repente o Pedro começa a meter-se com o Ricardo. É de salientar que são primos. O Ricardo começou a queixar-se e foi para perto da mãe do Pedro, mas este não ligou nenhuma a isso e continuou a provocá-lo com beliscões, carolos etc.
E a boa da je a ver tudo. A mãe do Pedro fartou-se de lhe dizer para estar quieto, mas tudo sem nenhum resultado. Até que o que se esperava aconteceu, o Pedro empurrou o Ricardo e este caiu. Ficou a chorar e a mãe do Pedro deu-lhe umas palmadas, mas a Rute (irmã do Pedro) veio logo em defesa dele a mandar vir com a mãe. (a Rute tem 25 anos).
Eu levantei o Ricardo, limpei-lhe as lágrimas e assoei-o e quando o menino se levanta, o Pedro completamente possuído vem a correr, agarra na cabeça do primo e empurra-o contra o chão, como se de uma bola se tratasse.
Fiquei em choque. A mãe passou-se e o Pedro ainda lhe disse "puta de merda que estás sempre a defende-lo" e quando ia apanhar uns belos açoites, a Rute e o marido meteram-se no meio e impediram.
Fiquei em choque. Por tudo. Porque foi um acto de violência extrema e gratuita, infundada e sem qualquer razão, pela falta de respeito profundo pela mãe e por todos os presentes  e o míudo ainda saiu impune.
O pobre menino teve sorte, caiu com os bracinhos à frente e não se magoou, mas podia ter partido o nariz, a cabeça, enfim... qualquer coisa e o Pedro ainda ficou com a rir-se porque no fundo nem uma palmada apanhou.
Pois agora vocês chamem-me o que quiserem, mas se um filho meu tivesse semelhante atitude ia apanhar, mas apanhar a sério. Se tem mãos para bater assim nos mais novos tem cara para levar umas quantas bolachadas. E ainda ia engolir as palavras proferidas, pois mesmo que eu fosse efectivamente uma prostituta, se não lhe faltasse com nada ele só tinha que me respeitar. Isto é surreal. Por mais que viva não me vou esquecer desta cena.
Até o meu menino ficou em completo choque.

4 comentários:

  1. Querida, agora há muita teoria sobre não bater em criancinhas e tal e coiso e se olharmos bem à nossa volta vemos a sociedade "fabulosa" que se está a criar...
    Pois eu levei muitas da minha mãe, e só se perderam as que não foram dadas!
    Claramente que não sou a favor de um espancamento, mas dois bons tabefes nunca fizeram mal a ninguém!
    Era o que mais faltava deixar que um filho meu tratasse assim outra criança, e pior ainda, me tratasse assim a mim... É que levava ele e quem se metesse à frente...
    Ah, pois é!

    xoxo
    Lux

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  2. Na hora certa, umas palmadas só fazem bem...e nesse caso parece-me que a educação não será das melhores...

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  3. Querida Mistery, é por causa de atitudes de "manas do Pedro", que em Londres se chegaram aos tumultos, que todos visualizámos na Tv.
    É por causa de "manas do Pedro", associadas à displicência dos nossos governantes que nas nossas escolas, existe o desrespeito e a falta de disciplina que existe!

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  4. Chocou-me tudo, mesmo. E se o Pedro fosse meu filho, levava uma sova, a única da vida dele e ele jamais a esqueceria.
    Chamar puta à mãe?
    Olha, olha...

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