domingo, 13 de novembro de 2011

Os jogos da vida

Há palavras que não merecem ser ditas, outras tantas que não merecem ser ouvidas.
Devia haver um árbitro que marcasse falta nestes casos. Que decidisse imparcialmente quem comete falta e que o punisse, mas na vida o árbitro nem sempre ouve tudo e o jogo prossegue.
Prossegue e por vezes quem ganha fá-lo injustamente. Não foi o melhor jogador em campo, não deteve a posse de bola e não teve a melhor atitude para com os colegas e adversários, mas no final de contas … ganha. Acumula pontos, soma vitórias, lidera o campeonato e ganha.
E quem perde fica com o sentimento de injustiça, de impotência perante as inevitabilidades do jogo, perante as faltas que sofreu  e que não foram assinaladas e sai do jogo de cabeça baixa, pensando no próximo round, na próxima oportunidade que terá e na melhor forma de a aproveitar.
O problema é que existem campeonatos que só se jogam uma vez na vida, jogos que apenas se disputam uma vez em todo o sempre. E quando  se perde… perde-se a possibilidade total.
Depois resta-lhe chorar, beber para afogar as mágoas, desabafar e ... seguir caminho, porque a vida é feita de jogos... que umas vezes se ganham e outras se perdem irremediavelmente.

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